quarta-feira, 24 de abril de 2013

Tem um menino que fez inglês comigo quando eu tinha, sei lá, uns catorze anos. Nunca nos falamos muito e perdemos completamente o contato.
Sempre que acordo atrasada eu vejo esse menino no metrô. O mais estranho é que eu não me atraso sempre na mesma hora né, mas é regra: se eu estiver atrasada, vou vê-lo; não importa quão atrasada, ele vai tá lá.
Queria muito, muito mesmo falar com ele, ver o que ele está fazendo da vida, etc, mas não sei se ele vai lembrar de mim e além disso tenho vergonha. Um dia eu prometi pra mim mesma: próxima vez que eu encontrar com ele, vou puxar assunto.
E essa "próxima vez" foi ontem. Sentei do lado dele no metrô, mas só percebi isso depois. Ele estava lendo um livro de quadrinhos mega alternativo. E usando uma camiseta dos Los Hermanos. Cara, eu sou viciada em LH. E comecei a achar esse cara muito mais gracinha do que achava antes
.
Aí eu não sabia se era melhor puxar assunto do tipo oi, já fizemos inglês juntos ou dizer nooossa eu a-mo LH pra só depois dizer que "conhecia ele de algum lugar". Pra ser sincera, achei as duas opções bizarras, a vergonha em consumiu e achei melhor ficar quieta.

mas olha, proxima vez prometo que vou falar com ele. (ainda mais agora que descobri que ele lê livros alternas e gosta de Los Hermanos)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Todo fim de semana eu digo que ah estou muitíssimo ocupada, muitas coisas pra fazer etc. Mas todos sabemos q eu diria isso msm se estivesse no maior tédio do século. Resolvi me questionar o porque estou fazendo isso, se é medo de conhecer, se é medo de se magoar. Sera que não deveria dar uma chance? Mas aí lembro que a pessoa é pique reacinha e fala """"berma"""". Putz to muito ocupada MESMO nem vai rolar.

domingo, 21 de abril de 2013


Sem avisar, me vieram as lágrimas. 
Não sabia se pelo cansaço físico-mental, se pelo medo de tudo que está por vir vai dar errado, não sei se pela saudade incessante e pouco correspondida, não sei se pelo se sentir sozinha, por ter me condicionado a estar sempre sozinha.
Deve ser medo. No fim, é sempre medo, ainda mais num ano tão decisivo assim, em que escolhi (in)conscientemente excluir minha vida pessoal pra conseguir atingir meus ""objetivos"" (sou ridicula bjs).

(e bem quando tô escrevendo isso começa a tocar o vencedor. não zoa, camelinho, não zoa)


sábado, 20 de abril de 2013

Sabe quando você sente bem lá no fundo que tem alguma coisa acontecendo?

Aí não sei se me escondo e finjo que não to percebendo nada. Porque é melhor não saber, não ter todos os elementos concretinhos pra criar as imagens na minha cabeça e sofrer. Mas do jeito que eu sou... Minha cabeça inventa muito e sempre. E as coisas que eu invento são muito piores que as da realidade.

(e eu nunca sei se é normal inventar e acreditar nas próprias invenções ou se é um sintoma de loucurinha de leve)

sonhos lúcidos

"tudo em mim já quer explodir, já quer me levar pra um outro voo, uma outra vida, um outro sonho onde eu suponho, hei de ser mais feliz (ou hei de ser feliz)"

 Acabei de fazer uma lista de tudo que tenho que fazer neste primeiro semestre. OAB, tese, processo seletivo do mestrado, dois concursos e me formar. Assim, tudo ao mesmo tempo mesmo.
 E aí me pergunto: quando fui que escolhi ter uma vida tão sem tempo pra nada? E aí vejo que a escolha não foi consciente.
Porque, conscientemente, eu preferia muito mais estar no cinema, lendo um livro, com meus amigos, conhecendo pessoas.
 Ao invés de passar o fim de semana inteiro estudando pra primeira fase da OAB que é daqui a uma semana.
Ao invés de ficar o tempo todo pensando não-vai-dar-tempo-tudo-vai-dar-errado.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Eu não gosto de maquiagem. Tenho preguiça, não sei passar, acho um negócio meio impositivo. Não gosto mesmo. Mas sempre que tô triste, eu passo maquiagem.
E hoje, quando tava saindo de casa mega atrasada, peguei blush, lápis, base, corretivo, batom e até sombra e coloquei tudo na minha bolsa.

Porque sabia que hoje ia ser um daqueles dias em que eu ia ficar triste.

domingo, 14 de abril de 2013

Do quereres

Eu queria ter te dado um beijo ontem. Tá, eu sei que eu te dei um beijo ontem, mas eu queria dar todos os beijos sem medo do que os outros vão pensar nem do que eu vou pensar. Queria que você dissesse de novo que me ama muito, assim como você disse ontem quando me abraçou. Eu queria poder estar com você naquela festa, como sempre estive, sem medo de olhar pra você e ver que voce estava mesmo muito bonito. Eu queria não ter que ficar de costas pra você, que é pra não ficar com medo de ver o que você está fazendo. Quando você foi embora, eu queria ter ido pro lugar que você foi, com você. Queria ter dormido com você ao invés de ter me abrigado na casa dos meus amigos. Queria que você ainda fosse meu menino e que fosse possível apagar tudo de errado que aconteceu entre nós dois. E que alguém me dissesse que dessa vez, dessa vez tudo vai dar muito certo, porque não poderia ser diferente. Mas eu não vou te dizer tudo que queria e vou fingir que estou bem (já que ontem me revelei tão fragilizada). E eu queria que você percebesse tudo que eu quero de verdade e falasse que as coisas vão dar certo, branquinha, que a gente vai ficar bem. E que você nunca mais vai me fazer chorar nem ficar longe de mim. E que dessa vez essa promessa ia ser pra valer. Como deveria ter sido desde o começo.

sábado, 13 de abril de 2013

dos motivos pro desamor

Você sabe que não daria certo. E, óbvio, não deu. Mesmo assim, você fica voltando e voltando a vários momentos tentando entender o motivo disso tudo.

Às vezes, tento achar os primeiros sinais de problema. O começo turbulado e até meio erradinho ou quando ele não fez tanta questão de consertar tudo que tinha feito, "porque já tinha me perdido mesmo". 
Outras vezes, tento entender os problemas já no relacionamento, todas as vezes que errei e o tudo que teria acontecido se eu tivesse sido mais paciente, menos brava ou mais let-it-be.
Tem dias ainda que fico pensando que nunca daria certo, por tudo que já me magoou mesmo eu dizendo várias vezes pra não fazer porque doía.

Mas, ultimamente, tudo que tenho pensado é que não tinha como.
Não porque já começou errado, nem porque eu era feminista demais, nem porque você se importava de menos (de menos até demais, diga-se de passagem).
Deu errado e iria dar, sempre e sempre, porque o amor - esse superestimado e grandessíssimo idiota - resolveu que não iria legal comigo.