segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Quando ele apareceu, era como um aviso, como se as coisas fossem realmente dar certo. Parecia que com ele, dava certo. Os mesmos gostos, mesmas ideias, tudo que ela tanto prezava. No primeiro encontro, ele lindo, falando sobre tudo, os dois nervosos, e o coração mesmo assim não batia forte. As mãos entrelaçadas sobre a mesa - o coração, nada. Depois, ela foi amolecendo, ele parecia mesmo ser tudo que ela precisava, no fim. E aí surge o encanto e o pensamento sempre nele. Por um dia. As memórias daquelas cerveja foram sendo tomadas pelo jeito dele, que incomodava. Pelos assuntos que as vezes não faziam sentido. E, em tempos tecnológicos, pelos erros de português. Ele agradava, abraçava, beijava, ela não sentia nada, nunca. Ela não sentia nada. Nunca. E isso enchia de medo.